quarta-feira, 19 de junho de 2013

Onde estão as estrelas gospel?





A cada dia que passa sinto menos apreço pelas lideranças evangélicas de nossa nação. É impressionante como a motivação para se ajuntar só envolve interesses próprios e causas que lhes rendam poder de barganha na politicagem putrefata do Brasil. Como boa parte daqueles que se auto elegeram líderes evangélicos estão mancomunados com toda espécie de sujeira política, fica difícil conclamar seus seguidores a abraçar uma bandeira que vá além do jihad contra os homossexuais. Logo somos convidados a orar pela nação como se não estivéssemos orando em todo tempo pela intervenção de Deus na história. Desde criança tenho fome e sede de justiça e todos os dias oro para que a injustiça se amenize a minha volta. Agora é hora de orar agindo. É agora que as estrelas gospel precisam se posicionar, saírem às ruas, descerem dos palcos e parar com a ladainha profética de que “o Brasil é do Senhor Jesus”. Nós não estamos no camarote vip da arena da vida, estamos escrevendo a nossa história lutando com os leões. Façamos a nossa parte abraçando causas que valham à pena, pois quando a igreja se cala as pedras começam a clamar. 

Jonatas Oliva

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Qual é a sua bandeira?




Às vezes me preocupo com as bandeiras que a igreja evangélica brasileira tem levantado. Não que a causa não valha a pena, mas a intensidade e as motivações tem se mostrado antagônicas aos princípios evangélicos. O medo de ver alguma lei aprovada, a ganância para se chegar ao poder, o amor ao dinheiro e a vontade de homogeneizar pensamentos são muitas vezes as causas pelas quais os líderes “evangélicos” tem ajuntado multidões. A força da igreja evangélica já é percebida na política, nos meios de comunicação, na economia, na música, porém no testemunho essa mesma igreja tem se tornado insignificante. A igreja Cresceu numericamente, mas perdeu o coração no meio da caminhada por isso se tornou menor que a igreja de 50 anos atrás. Não é possível que nossa causa se limite eternamente no confronto a PL 122, não é possível que ainda tenhamos que ouvir a ladainha sem fim dos pastores milionários que tentam legitimar suas fortunas. Ando cansado das mesmas discussões! Nos falta profundidade e nos sobra arrogância. O amor à Deus e ao nosso próximo se transformou em discurso deixando de ser a principal bandeira a ser hasteada. As causas pelas quais a igreja evangélica brasileira deveria lutar são as mesmas pelas quais Jesus deu a sua própria vida.


Jonatas Oliva



domingo, 27 de janeiro de 2013

Investindo no que vale a pena



Não são poucas as vezes que me assusto com essa geração. A superficialidade relacional do nosso tempo chegou a níveis tão rasos que dificilmente encontraremos amizades que resistam às intempéries da vida, dificilmente encontraremos também uma fé que não se abale diante de uma tempestade imprevista. Nosso relacionamento horizontal e vertical foi profundamente afetado por essa superficialidade. Adoecemos a ponto de não percebermos o quanto nossas relações estão próximas da sepultura. É triste limitar o mundo a um simples compartilhar, comentar ou curtir algo no facebook, pior ainda é pensar que verdadeiras amizades se solidificam na tela de um computador. Mas, o que me deixa realmente apavorado é perceber que essa doença relacional se espalhou como metástase em todos os órgãos da vida, afetando em cheio o nosso relacionamento com Deus. Campanhas infindáveis lotam os templos de pessoas vazias que se iludem com a proposta de alcançar bênçãos imediatas colocando em prática uma fé que na verdade não passa de uma moeda que tenta comprar o favor de Deus, as pessoas se esqueceram de que não é Deus que está sujeito a nossa fé, é nossa fé que precisa estar sujeita a Deus. O desinteresse pela bíblia, a supervalorização do gospel e as jihads denominacionais e entre irmãos também refletem nossa crise.

Para quem deseja realmente se aprofundar em um relacionamento sério e relevante com Deus eu sugiro o investimento em quatro áreas da vida cristã e são elas:

I-                   “A palavra”                       Ouvindo Deus através da bíblia

Deus fala de muitas maneiras e eu não duvido disso, mas Deus fala poderosamente também através da sua Palavra. Aliás, a palavra de Deus é luz para os nossos caminhos (Salmos 119:115), é a palavra de Deus que precisa ser guardada no coração (Salmos 119:11), nós perecemos é por falta de conhecimento da palavra e do poder de Deus (Mateus 22:29), é ouvindo a palavra de Deus que a fé se fortalece em nosso coração (Romanos 10:17), é a palavra de Deus que nos fortalece, pois segundo a visão que Deus revelou a Ezequiel cap. 02 e 03 a palavra precisa ser digerida, precisa cair no estômago, ela precisa estar dentro de nos. É uma pena que muitas pessoas hoje em dia prefiram se alimentar de revelações de profetas mentirosos, oportunistas, muitas vezes imaturos que no fervor de suas emoções oferecem um prato de profecias regadas a jargões simplistas que dificilmente alimentará os anseios mais profundos da alma. Uma das coisas que tem gerado um esgotamento espiritual repentino na vida de muitas pessoas é o tipo de comida com que elas têm se alimentado. Se não ouvirmos Deus falar através de Sua palavra, toda vida espiritual estará aquém daquilo que o Senhor deseja, nossa oração será apenas composta de palavras soltas ao vento, nossa adoração será paupérrima e nossa vida espiritual se definhará até morrermos de tanta fraqueza.

II-                “Oração”               Falando com Deus no silêncio do nosso quarto

Depois de ouvirmos Deus falar sentiremos a necessidade de respondê-lo. Essa resposta muitas vezes é dada em oração. Orar na igreja é uma benção, o clamor coletivo às vezes é necessário, receber a imposição de mãos juntamente com a oração da fé é preciso, mas não podemos nos esquecer que um dos melhores lugares que existem para nos encontrarmos com o Pai é no silêncio do nosso quarto (Mateus 06:06), lá nós somos o que realmente somos e é nesse lugar que tem o nosso cheiro que o Pai quer que desvendemos os segredos mais profundos do coração. Deus está pouco interessado no nosso vocabulário, ou na introdução meio e fim de nossa oração, mas com toda certeza Ele está muito atento a sinceridade que salta do nosso coração. É na intimidade do nosso quarto que Deus quer ouvir a nossa voz, enxugar as nossas lágrimas e nos levar a águas tão profundas a ponto de ficarmos extasiados com seu amor.

III-              “Adoração”           Adorando a  Deus por tudo que Ele é, faz, fez e ainda fará

Quando nos encontramos com Deus é impossível não adorá-lo. Prostrar-nos diante daquilo que Ele é, faz, fez e ainda fará é a primeira ação que temos quando somos tomados pela consciência de sua presença. Agora o que precisamos entender é que a adoração está para além do som produzido pela boca ou de algum instrumento. A música, louvor (do hebraico halal, “barulho”) pode estar encharcada de adoração, mas a adoração (do hebraico shachac, prostrar-se) nem sempre se manifesta através de músicas, louvor. Uma das cenas mais marcantes de adoração no NT é quando uma mulher sem proferir uma só palavra se lança aos pés de Jesus em profunda reverência e os lava com suas lágrimas enxugando-os com seus cabelos e perfumando todo ambiente com ungüento (Lucas 07:37...), isso é adorar! Eu não sou adorador porque sou músico, sou adorador porque me prostro diante do Senhor da vida. Muitas vezes assim o faço com um novo cântico em minha boca, acompanhado de violões, guitarras, baterias e danças, porém em outras tantas vezes me prostro no mais profundo silêncio reconhecendo a soberania de Deus sobre todas as coisas.

IV-             “Comunhão”          Não estamos sozinhos na caminhada

Se lermos a palavra todos os dias, orando em todo o tempo, adorando em toda e qualquer situação, mas não amarmos o nosso irmão, estaremos caminhando para o inferno ajoelhados, com os olhos fechados e com a bíblia debaixo do braço. Não há possibilidade de andar na luz odiando nossos irmãos na fé ( I João 03). Precisamos amar quem Deus ama, simples assim. Não existe cristianismo solitário e se queremos nos aprofundar num relacionamento sério com Deus não podemos nutrir ódio por ninguém que é alvo da sua graça. Se depender de nós precisamos ter paz com todos, fazendo com que nossa identidade seja o amor. Não podemos fugir da bacia e da toalha, lavemos os pés uns dos outros, pois a caminhada é longa e todos nós sujamos os pés em algum momento do percurso.


“A superficialidade é a maldição de nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é antes de tudo, um problema espiritual. A necessidade urgente hoje não é de um maior número de pessoas inteligentes ou dotadas, mas de pessoas profundas.” Richard J. Foster



Jonatas Oliva



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

2012 prestes a virar história




Há menos de uma semana para o fim de 2012 começo a rever meus planos, também faço uma retrospectiva da minha vida e tento chegar a algumas conclusões. Confesso que parte das minhas conclusões me deixa frustrado, por exemplo: meu Deus... Não emagreci, aliás, acho que engordei um pouco mais! Rsrsrsrsrs! Outras me catapultam para projetos maiores, como: caminhei para mais perto de Jesus e sei que posso me aproximar mais d’Ele.

Com certeza não sou o mesmo homem de dezembro de 2011, pois: “o tempo que passa deixa em nós muitas marcas”. Desci algumas vezes a casa do Oleiro e saí com a certeza de que o Artesão de minha vida sabe o que está fazendo. A minha família cresceu dentro de mim, por isso percebi que tenho me tornado um homem mais apaixonado pelas pessoas que me cercam de carinho. Nesse ano chorei perdas e celebrei amizades, escrevi menos e cantei mais, me tornei um homem habilitado (CNH) e ganhei um violão para cantar as coisas do coração, preguei o evangelho em todas as oportunidades que Deus me concedeu, viajei como nunca, ampliei minhas tendas relacionais, fiz dívidas e quitei boa parte delas, recebi ofertas e ofertei com enorme alegria, corri, andei e houve momentos que precisei parar, sentar e mudar.

Sou grato a Deus pela Sua insistência comigo, pelo Seu perdão que me alcançou depois dos tropeços, pelo Seu amor que se dilatou dentro de mim e pela Sua paciência diante da minha enorme ignorância. Sei que sou igual a todos os homens, por isso preciso melhorar. Meus planos para 2013 não são tão diferentes daqueles para 2012, visto que mudei, mas continuo o mesmo. Talvez o maior desafio para esse novo ano que se desponta seja o de guardar meu coração, pois é dele que procedem todos os caminhos da vida.



Jonatas Oliva

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Silas Malafaia e seu samba de uma nota só



Essa semana alguém me perguntou sobre um tal de desafio que o Silas Malafaia propôs em seu programa de TV, no início fiquei curioso para saber que desafio era esse, mas quando comecei a ouvir o samba malafaiano de uma nota só, desanimei. Confesso que já ouvi algumas pregações do Silas de 1997 à 2002 mais ou menos. Antes de 1998 a voz altissonante da igreja evangélica brasileira era indiscutivelmente o Caio Fabio, o Silas por sua vez tinha um programa simples e meio brega e eu achava aquele homem de bigode tão estranho que resolvi ouvi-lo algumas vezes. Se não me engano o programa “Vitória em Cristo” do Malafaia antecedia o “Pare e Pense” de Caio Fabio. Poucas pessoas sabiam quem era o Malafaia salvo quem o acompanhava no 25ª hora e um grupo não tão grande de assembleianos. Em 1998 com o caso extraconjugal do Caio e com a avalanche do Dossiê Cayman a igreja se sentiu traída pelo seu porta voz, foi aí que ficou uma grande lacuna a ser preenchida com relação a liderança e com relação a quem falaria pelos evangélicos depois de todo aquele escândalo. Foi aí em 1998 que nasceu o Silas para o Brasil, ele se candidatou a porta voz dos evangélicos e boa parte da igreja o aceitou.

A partir de 1998 o até então “ilustre desconhecido” Silas Malafaia começou ganhar espaço na TV com a brecha deixada pelo Caio Fabio e com um discurso contrário a Teologia da prosperidade visando alcançar parte da igreja tradicional. O Silas se posicionou contra o G12 com muita veemência no início do movimento no Brasil, foi então que ele ganhou a admiração de parte da igreja que não digeria muito bem aquele novo mover. Contudo depois de algum tempo o Silas começou a mudar, tirou o bigode para não ser confundido com o ratinho, coisa difícil de desvincular, rsrsrsrs. Depois disso o Silas se tornou o inimigo nº1 do LGBT e passou a ser um defensor disfarçado da Teologia da prosperidade. Desde então o que tem cercado o Silas são assuntos relacionados ao acúmulo de riquezas, e a sua luta pela não aprovação da plc 122. O Malafaia se tornou matemático rsrsrsrs, brincadeira, mas os números é o que passou a justificar todas as suas ações, os números e os cifrões também passaram a legitimar suas loucuras e calar os que discordam dele.

Então voltando ao assunto do desafio, confesso que não tive alma para ouvir a mensagem até o fim, aliás, quando ele leu o texto de II Coríntios 09 sobre a coleta da igreja para os crentes pobres de Jerusalém e começou a defender sua apostasia fazendo desse texto a base de sua pregação, não tive mais estomago para ouvi-lo. Me desculpem, mas não tenho muito o que falar de mais essa loucura malafaina, e a melhor resposta será dada pelo próprio dono do rebanho. O grande exemplo de oferta é a do próprio Cristo que se entregou por todos nós, se desfazendo de sua glória, se vestindo de humanidade para andar entre os homens dessa terra, inclusive anunciando o evangelho aos pobres sem esse apelo a semeadura financeira. A semente mais importante que foi sempre enfatizada pelo Mestre é a do Evangelho que é capaz de enriquecer a alma e nos tornar melhores nesse mundo. Sugiro ao Malafaia que se desfaça de seus impérios para que o impacto de sua mensagem chegue aonde precisa realmente chegar, mas como já sei que ele não escuta um ilustre desconhecido fica a dica pra quem deseja chegar onde ele está.

Alguns Links de respostas:








Jonatas Oliva

terça-feira, 29 de maio de 2012

ESGOTADOS NO CAMINHO


Na minha caminhada “evangélica” tenho me deparado com pessoas de todos os tipos: entusiasmadas, inocentes, apaixonadas, ortodoxas, liberais, farisaicas, imaturas, maduras, sinceras... Há todo tipo de crente espalhado nos mais diversificados apriscos da vida. Mas um tipo em especial vem me preocupando em demasia, são os crentes que se exaurem no meio da caminhada, aqueles que perdem o coração antes do fim do caminho. Essas pessoas se tornam extremamente frias, negativistas, cansadas, raivosas, descrentes e vazias. Algo lhes suga o que há de bom e o que resta são apenas testemunhos saudosistas de quem se frustrou crendo que dias melhores viriam. É triste vermos gente boa na periferia da vontade de Deus, debruçadas sobre a fadiga e se alimentando de frustrações.

As causas para essa exaustão espiritual são diversas, mas com toda certeza todo o problema começa no prato onde as pessoas estão se alimentando. A boa comida espiritual anda escassa por isso os crentes andam comendo qualquer coisa que lhes vem à boca. A falta de discernimento aliada à superficialidade dessa geração tem nos fragilizado a ponto de termos dificuldades de julgar as coisas mais simples da vida. A leitura da Palavra foi substituída pelos DVDs de pregação e os tele evangelistas ganham a cada dia status messiânicos a ponto de não poderem ser questionados em meio as suas loucuras descomunais. A dificuldade de se estudar a Palavra abrange parte dos pregadores que por sua vez se contentam em papagaiar os jargões cansativos e inócuos de quem é o sucesso da vez.

Além do veneno que as pessoas jogam para dentro de si muitas vezes sem saber, há também um sério problema relacional que se debruça sobre o fato dos “crentes” acreditarem que são avaliados ou aceitos por Deus devido ao bom desempenho no serviço cristão. Nesse sentido quem faz muito se sente confortável em exigir seus direitos e quando a recompensa não é a esperada aí bate a sensação que Deus não é um bom patrão. Por outro lado quem não consegue acompanhar os “super crentes” se sentem frustrados por não terem os “super poderes”. Assim as pessoas adoecem, são tomadas de amnésia, se enfraquecem simplesmente por não enxergarem Deus como Pai. A igreja nos ensina a chamar Deus de Pai, mas muitas vezes nos leva a relacionarmos com Ele como se fossemos escravos. Tem muita gente parecida com o moço mais velho da parábola do filho pródigo, nunca saíram de casa, porém nunca conheceram o Pai amoroso que tinham perto de si, são filhos que vivem como escravos. Não podemos esquecer que o amor de Deus por nós não tem nada haver com o que fazemos e sim pelo que somos. Nós não obedecemos para sermos amados, obedecemos porque somos amados.

No nosso tempo a falta de compreensão do que é fé também tem matado muita gente, pois não são poucas as pessoas que acham que Deus precisa se submeter a nossa fé. A grande verdade é que nossa fé é que precisa se submeter à vontade de Deus e não o contrário. Fé não é a moeda que compra Deus. A fé me lança nos braços de Deus em plena confiança ela nunca me coloca no “sindicato dos crentes inconformados, insatisfeitos e revoltados”. Se temos fé então confiamos, se temos fé em Deus logo confiamos nEle independente das circunstâncias ou do dia mal que chega sem a gente chamar. A fé em Deus abre os nossos olhos para que o enxerguemos no trono e é essa a visão que nos libertará do sofrimento de querer controlar as circunstancias que sempre nos escapam por entre os dedos.

Eu acredito que só existe um Caminho para o renovo. Para os que já se esgotaram se faz necessário refazer a caminhada de volta para casa do Pai e aceitar o amor de um Pai que nunca desistiu de esperar pelo filho que se perdeu. Para os que estão de pé é imprescindível continuar seguindo as pisadas de Jesus, ou seja, continuar no Caminho que conduz ao centro da vontade do Pai.

                                                                                                                         Jonatas Oliva


segunda-feira, 30 de abril de 2012

O livro do Apocalipse



O livro do Apocalipse é instigante e belo, a começar pelo fato de ser o único livro da bíblia que carrega em si uma promessa de bem-aventurança para quem o lê, “Bem-aventurado aquele que lê e guarda as palavras desta profecia” Ap 01:03. Na minha adolescência eu o li algumas vezes, e com minha cabeça de adolescente viajava com todas aquelas figuras de linguagem, para mim aquilo era quase uma aventura hollywoodiana. Sempre me embaraçava com os números e quase sempre chegava a conclusão que para entender aqueles cálculos eu teria que entrar em uma faculdade de matemática ou de física quântica, de maneira nenhuma decorava as seqüências de acontecimentos ali descritos, isso sem falar que eu não sabia se o que estava escrito já tinha acontecido ou ainda iria acontecer. Em minha busca sincera pela interpretação correta do texto me engajei em longas pesquisas e discussões infindáveis com Aminelistas, Pré-milenistas, Pós-milenistas e todos os “istas” que me esbarrei ao longo da caminhada.

Confesso que continuo embaraçado com os números e quase tudo que leio, ouço ou que tenho a dizer sobre o apocalipse continua no campo teórico. As divergências sobre o que é ou não literal variará de acordo com os fundadores de cada pensamento e cada simpatizante teórico defenderá seus argumentos com dificuldades em responder questões relacionadas à cronologia de acontecimentos futuros e a literalidade ou não do que vai acontecer. Porém em algumas coisas todos devem concordar:
  • O fim de tudo o que é conhecido e o início de um novo tempo é um fato inamovível em todas as escrituras e é reafirmado com contundência em todo o Apocalipse
  • Deus está no trono, essa é uma verdade gritada em toda profecia apocalíptica, o Todo Poderoso não perdeu e jamais perderá o controle de nada
  • Deus julgará todas as coisas e não haverá possibilidade de se ocultar nada diante dEle
  • Um dia o caos se instalará em todos os setores da vida, e os poderes que regem a política, religião, ciência e economia serão abaladas, e quase tudo entrará em colapso
  • Aparecerá um líder mundial extremamente carismático e com poderes inimagináveis
  • São as forças espirituais que colocarão em funcionamento as engrenagens que desencadearão os acontecimentos do fim
  • Os acontecimentos escatológicos não são apenas de cunho local, são de cunho global e cósmico
  • Satanás continuará sendo um inimigo vencido mesmo que por um pequeno espaço de tempo ele vença os santos através da vontade permissiva de Deus
  • A eternidade com Deus é infinitamente melhor do que a limitação do nosso presente com Ele, e a eternidade sem Deus é infinitamente pior do que o presente sem Ele
  • A perseverança e o triunfo andarão sempre de mãos dadas


Jonatas Oliva