quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

“ismo” é “ismo”, Jesus é Jesus


Os fariseus e Cia nunca foram apaixonados por Jesus, eles não suportavam o fato de alguém tão amoroso e ao mesmo tempo tão poderoso como Jesus não fazer parte daquela confraria de religiosos “desreligiogizados”। Jesus não era um dos seus e nunca foi confundido com um deles. Eles queriam saber muitas coisas do nazareno que arrastava multidões com seu carisma e poder, mas não pelo interesse nas coisas de Deus, eles se ocupavam apenas com seus próprios interesses, por isso interrogavam constantemente o messias com o desejo de encontrar falhas em suas respostas. O farisaísmo e Cia são crias da religião e a religião tem esse poder de parir “ismos”, amamentá-los, educá-los, e transformá-los na antítese de Jesus. A religião quer sempre uma resposta, ela sempre reivindica o direito de julgar, aliás, ela nunca se encontra no banco dos réus, a religião coloca a prostituta no meio de todos para apedrejá-la até a morte, a religião se esforça para fechar as portas do céu para o pecador, ela mata em nome de Deus e se transforma na maior aliada do diabo na terra.

Jesus, ao contrário dos fariseus, nunca foi um religioso de carteirinha, ele não fundou nenhum “ismo”, mas estabeleceu relacionamentos tão profundos que nenhum terremoto histórico conseguiu abalar. Jesus não construiu nenhum templo a não ser aquele onde ele habita ainda hoje, que é o nosso coração. Ele não escreveu nenhum livro, mas suas palavras não param de ecoar pelos séculos que se sucedem, escrevendo assim a mais linda história de amor do cosmo. Jesus escancara as portas do paraíso para os pecadores e os convida para dar um passeio. Para Jesus o homem é mais importante que a lei e quando os fariseus e Cia perguntaram para Ele qual seria o mandamento mais importante da lei Ele respondeu: o mandamento mais importante é aquele que vocês nunca cumpriram, “amar a Deus acima de todas as coisas com toda sua força, coração e entendimento e amar o próximo como a ti mesmo”. Jesus não ensinou nenhuma mandinga, não incitou ninguém a rezar, mas ensinou o homem a fechar a porta do quarto e abrir a porta do coração para Deus, que se revela como pai e se deixa ser chamado assim. Jesus é o bom pastor que deu a vida pelas suas ovelhas e na matéria de dar a vida pelas ovelhas os fariseus também foram reprovados.

A cada dia que passa a religião me cativa menos... A cada dia que passa me sinto mais atraído pelo olhar de amor do meu Mestre.


Jonatas Oliva